Entre a escuridão e a luz, sob um céu marcado por nuvens de um crepúsculo eterno, ergue-se uma figura solitária, personificação da oposição, uma entidade que desafia as normas estabelecidas e se posiciona contra a conformidade. Seus olhos, profundos como abismos, contemplam o horizonte, onde castelos foram erguidos mas agora são apenas guardiões de segredos esquecidos.

De seus dedos, pende uma chave, símbolo de promessas e portas trancadas, a chave para os mistérios do universo ou para os recessos mais sombrios da mente humana, representando portais fechados ou de possibilidades infinitas. Este artefato, ao mesmo tempo libertador e encarcerador, reflete as múltiplas facetas do ser, uma contestação silenciosa às barreiras impostas.

Rosas e espinhosas florescem ao seu redor, cada pétala um sussurro e cada sussurro uma resistência.

Neste momento, a figura iluminada se encarna, é a personificação Dele, o número XV, simbolizando as correntes invisíveis que nos prendem, os desejos proibidos que nos consomem. Voz silenciosa que ecoa nas profundezas da alma humana, uma lembrança constante de que a verdadeira essência da vida reside na dualidade do desejo de ter e o medo de possuir.